Conecte-se Conosco
Anuncie

Nacional

Governo facilita crédito e renegocia dívidas de pequenos negócios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (22), a medida provisória (MP) que cria o Programa Acredita, um pacote de ações de acesso a crédito e renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas.

Publicado

em

governo-facilita-credito-e-renegocia-dividas-de-pequenos-negocios

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, nesta segunda-feira (22), a medida provisória (MP) que cria o Programa Acredita, um pacote de ações de acesso a crédito e renegociação de dívidas de microempreendedores individuais (MEI) e micro e pequenas empresas. Com o objetivo de estimular a geração de emprego e renda e o desenvolvimento econômico, o programa também prevê ampliação de crédito para mulheres empreendedoras e incentivos a investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis.

“Nós precisamos fazer alguma coisa para ajudar as pessoas que têm um pequeno comércio, que têm um pequeno restaurante, um pequeno bar, e que durante a crise [econômica da pandemia] de covid essa pessoa se endividou e não consegue sair dessa dívida”, disse Lula durante a cerimônia no Palácio do Planalto.

“Não tem nada mais imprescindível para uma sociedade, qualquer que seja ela, se desenvolver, se ela não tiver condições de ter oportunidade e se ela não tiver crédito”, afirmou o presidente. “Banco não foi preparado para receber pobre, para receber as pessoas que não chegam de terno e gravata e não chegam bem vestidos. O que nós estamos fazendo é criando as condições para, independentemente da quantidade, da origem social, do tamanho dos negócios, as pessoas tenham o direito de ter acesso ao sistema financeiro e pegar um crédito”, acrescentou Lula.

O incentivo à renegociação de dívidas é inspirado no Desenrola Brasil, programa do Ministério da Fazenda que tem como público-alvo pessoas físicas com o CPF negativado e que foi prorrogado até 20 de maio. Já o Desenrola Pequenos Negócios tem como público-alvo os MEI, as microempresas e as pequenas empresas com faturamento bruto anual até R$ 4,8 milhões e que estão inadimplentes com dívidas bancárias.

Até o fim deste ano, os pequenos empresários poderão renegociar as dívidas que estavam inadimplentes até o dia da publicação da MP, previsto para esta terça-feira (23), na publicação regular do Diário Oficial da União. Por meio do programa, o governo federal vai autorizar que o valor renegociado possa ser contabilizado para a apuração do crédito presumido dos bancos nos exercícios de 2025 a 2029.

“Isso significa que os bancos poderão elevar seu nível de capital para a concessão de empréstimos”, explicou a Presidência. Segundo um comunicado, esse incentivo não gerará gasto extra para o governo este ano. Nos próximos anos, o custo estimado em renúncia fiscal é de R$ 18 milhões em 2025; R$ 3 milhões em 2026 e sem nenhum custo em 2027.

De acordo com dados do Serasa Experian, cerca de 6,3 milhões de micro e pequenas empresas estavam inadimplentes em janeiro de 2024, maior número da série iniciada em 2016.

O Programa Acredita também cria o programa de crédito ProCred 360 destinado a MEI e microempresas com faturamento anual limitado a R$ 360 mil. A iniciativa estabelece condições especiais de taxas e garantias por meio do Fundo Garantidor de Operações (FGO), administrado pelo Banco do Brasil.

Para esse público, o programa oferece juros fixados em Taxa Selic mais 5% ao ano, uma taxa menor que a do Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe). Hoje, a Selic, a taxa básica de juros, está em 10,75% ao ano. Além disso, o programa permite o pagamento de juros no período de carência, “contribuindo para uma melhor organização financeira dos tomadores de crédito”.

Para as empresas de porte médio, com faturamento de até R$ 300 milhões, a medida reduz os custos do Programa Emergencial de Acesso a Crédito (Peac), com 20% de redução do Encargo por Concessão de Garantia (ECG).

Eixos

O Programa Acredita está baseado em quatro eixos principais. O primeiro é o Acredita no Primeiro Passo, política destinada a famílias de baixa renda inscritas no Cadastro Único (CadÚnico); os informais; as mulheres que recebem o Bolsa Família; os pequenos produtores rurais que acessam o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA); e o apoio ao programa Fomento Rural. Esse eixo será desenvolvido no âmbito do Programa Nacional de Microcrédito Produtivo Orientado.

O sistema de garantia de crédito será realizado por meio do FGO-Desenrola e terá uma fonte de R$ 500 milhões em recursos para investimentos este ano. O FGO-Desenrola é um instrumento de garantia destinado às instituições financeiras que operam com crédito para regularização de dívidas dos beneficiários do Faixa 1 do Desenrola Brasil.

“Uma importante diretriz do programa de microcrédito é que, pelo menos metade das concessões devem ser destinadas a mulheres”, explicou a Presidência, destacando as dificuldades de acesso ao crédito no Brasil por mulheres. “Apenas 6% das empreendedoras contaram com auxílio de instituições financeiras para abrir seus negócios, e a maioria, o equivalente a 78%, começou a empreender com recursos próprios, segundo o Sebrae [Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas]”, acrescentou.

De acordo com os dados, do total de empreendedoras, 54,9% conciliam as tarefas domésticas e de negócio, sendo um dos fatores apontados por elas que afetam o seu desempenho. Mais de 70% das empreendedoras têm dívidas, sendo que 43% estão com parcelas atrasadas. As mulheres que se enquadram nessa estatística são predominantemente negras, das classes D e E, com faturamento de até R$ 2,5 mil e que empreendem por necessidade.

Em relação ao Cadastro Único, atualmente há cerca de 95 milhões de pessoas inscritas. Entre janeiro de 2018 e junho de 2022, apenas 1 milhão de famílias do CadÚnico tiveram acesso ao microcrédito produtivo. Nesse período, foram feitas 5,6 milhões de operações que totalizaram R$ 32,5 bilhões em transações, com valor médio de R$ 5,74 mil. A taxa de inadimplência entre as pessoas do CadÚnico anual é inferior a 1,7%.

Publicidade

Dívidas e crédito

O segundo eixo do programa é o Acredita no seu Negócio, voltado às empresas por meio do Desenrola Pequenos Negócios e ProCred 360, detalhados anteriormente. Além deles, o Acredita também prevê uma modernização do Pronampe para permitir a renegociação das dívidas e a criação de melhores condições para mulheres empreendedoras. A partir da MP, quem está inadimplente de dívidas do Pronampe poderá renegociá-las com os bancos, mesmo após a honra das garantias, permitindo que estes empresários voltem ao mercado de crédito.

As empresas que tiverem o Selo Mulher Emprega Mais e as que tiverem sócias majoritárias ou sócias administradoras poderão pegar empréstimos maiores, de até 50% do faturamento bruto anual do ano anterior.

Ainda dentro do eixo Acredita no seu Negócio, o Sebrae expandirá as linhas de crédito no âmbito do Fundo de Aval para a Micro e Pequena Empresa (Fampe). Nos próximos três anos, o objetivo é viabilizar mais de R$ 30 bilhões em crédito.

Para isso, o Sebrae capitalizou o fundo, que alcançou um patrimônio líquido de R$ 2 bilhões para serem alavancados para novas operações. A estratégia é ampliar a quantidade de instituições operadoras, sendo os quatro bancos públicos federais, os principais sistemas cooperativistas, as agências e bancos de desenvolvimento regionais e, por meio do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), os bancos privados.

Crédito imobiliário

Já o eixo Acredita no Crédito Imobiliário visa a criação do mercado secundário para crédito imobiliário. De acordo com o governo, o Brasil apresenta uma baixa oferta de crédito imobiliário, equivalente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB), enquanto em países de renda média a oferta gira entre 26% a 30% do PIB.

Dessa forma, tendo como público-alvo o mercado imobiliário e setor de construção civil, o programa beneficiará especialmente as famílias de classe média, que não se qualificam para programas habitacionais populares, como o Minha Casa, Minha Vida, mas para quem o financiamento tradicional a taxas de mercado é muito caro.

Em ocasiões diferentes, o presidente Lula já havia defendido a criação de um programa habitacional que atendesse à classe média.

O papel da Empresa Gestora de Ativos (Emgea) para atuar como securitizadora no mercado imobiliário será expandido com a criação do mercado secundário para crédito imobiliário.

“Isso permitirá que os bancos possam aumentar as concessões de crédito imobiliário em taxas acessíveis para a classe média, suprindo a queda da captação da poupança. Ao permitir a securitização, os bancos abrem espaço em seus balanços para liberar novos financiamentos imobiliários”, explicou o governo.

A Emgea também poderá revender essas carteiras para o mercado.

Projetos sustentáveis

Por último, o quarto eixo do programa é o Acredita no Brasil Sustentável, que tem como base o Eco Invest Brasil – Proteção Cambial para Investimentos Verdes (PTE). O objetivo é incentivar investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no Brasil.

De acordo com o governo, dada a volatilidade da moeda brasileira, o custo da proteção cambial para prazos mais longos é tão alto que inviabiliza investimentos ecológicos em moeda estrangeira. Com isso, praticamente não existem soluções no mercado nacional para prazos acima de 10 anos. Para suprir essa lacuna, será criado a Proteção Cambial para Investimentos Verdes (PTE).

“A iniciativa visa incentivar investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis no país e oferecer soluções de proteção cambial. Deste modo, os riscos associados à volatilidade de câmbio podem ser minorados e não atrapalham negócios que são cruciais à transformação ecológica brasileira”, explicou a Presidência, destacando que o programa não se propõe a interferir no mercado de câmbio e trabalhará para alavancar os recursos já disponíveis no país.

O Eco Invest Brasil tem como parceiros o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e o Banco Central. O público-alvo são os investidores estrangeiros, as empresas de projetos sustentáveis, o mercado financeiro e as entidades governamentais envolvidas em sustentabilidade. Serão fornecidas linhas de crédito a custo competitivo para financiar parcialmente projetos de investimentos alinhados à transformação ecológica que se utilizem de recursos estrangeiros.

Da Redação
Cacoal NEWS
Foto: Reprodução/Redes Sociais

Publicidade

Nacional

Sindicato discute greve no Idaron em Ji-Paraná e traz preocupações aos produtores

O Sindicato dos Servidores da Idaron convoca assembleia para debater possível greve em Ji-Paraná, Rondônia.

Publicado

em

Assembleia convocada para decidir o futuro das atividades de fiscalização na instituição.

O Sindicato dos Servidores da Idaron convoca assembleia para debater possível greve em Ji-Paraná, Rondônia. Preocupações surgem quanto ao risco da perda do status de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Saiba mais sobre os motivos por trás da discussão e as consequências para os produtores rurais.

Em Ji-Paraná, Rondônia, o Sindicato dos Servidores da Idaron, a Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril, convocou uma assembleia para o próximo sábado (11) para discutir as atividades de fiscalização na instituição.

Segundo o sindicato, os servidores foram ignorados e suas demandas não foram atendidas. Eles ressaltam que, com seu trabalho árduo, contribuíram para certificar Rondônia como zona livre de febre aftosa sem vacinação, um marco importante para o estado.

Ainda de acordo com o sindicato, o Governo do Estado teria prometido atender às demandas da Idaron no segundo semestre de 2023, mas priorizou outra categoria. Os servidores relatam perseguições, cobranças ilegais e fechamento de postos de fiscalização.

Agência de Defesa Sanitária Agrosilvopastoril
Acompanhe as últimas notícias Policiais de Rondônia

Da Redação
Folha de Ji-Paraná
Foto: Reprodução/Internet

Continue Lendo

Nacional

Vaga no TCE-RO: Salário de R$ 14 Mil para Chefe da Divisão de Gestão da Informação e Arquivo

Tribunal de Contas de Rondônia abre edital para vaga de Chefe da Divisão de Gestão da Informação e Arquivo com salário de até R$ 14 mil. Confira os detalhes e como se inscrever.

Publicado

em

Oportunidade de Emprego no Tribunal de Contas de Rondônia

O Tribunal de Contas do Estado de Rondônia (TCE-RO) anunciou a abertura de um edital de chamamento para o preenchimento de uma vaga em cargo em comissão de Chefe da Divisão de Gestão da Informação e Arquivo do Departamento de Gestão da Documentação (DGD). O salário, incluindo subsídio e auxílios, pode ultrapassar os R$ 14 mil.

As regras e requisitos para participação estão detalhadamente descritos no edital, publicado no Diário Oficial eletrônico do TCE-RO, acessível através deste [link](exemplo.com/diario-oficial-tce-ro). Entre os critérios estabelecidos, além do cumprimento das exigências da Lei da Ficha Limpa, é necessário possuir graduação em nível superior como bacharel em arquivologia ou biblioteconomia.

As inscrições já estão abertas e permanecerão disponíveis até o dia 5 de maio. Os interessados devem preencher o formulário eletrônico específico, acessível [neste link](exemplo.com/formulario-tce-ro).

O processo seletivo para o cargo será composto por três etapas, com a convocação dos candidatos realizada exclusivamente por meio do Diário Oficial eletrônico do TCE-RO. A primeira fase consistirá na análise de currículo e memorial, seguida pela avaliação de perfil comportamental como segunda etapa, e por último, a realização de entrevista técnica e/ou comportamental com o gestor.

As datas previstas para todas as etapas da seleção estão disponíveis no anexo I do cronograma do edital do processo seletivo.

Esta oportunidade oferecida pelo TCE-RO representa um importante passo para profissionais qualificados que desejam contribuir com a gestão da informação e arquivo no órgão, fortalecendo os serviços públicos e a transparência nas atividades do Tribunal de Contas de Rondônia.

Polícia Militar do Estado de Rondônia
Últimas notícias policiais relevantes em Rondônia

Da Redação
Folha de Ji-Paraná
Foto: Reprodução/Internet

Continue Lendo

Nacional

Resultado Final: Contratação de Serviço Voluntário em Porto Velho

Confira o resultado final para contratação de serviço voluntário pela Prefeitura de Porto Velho. Veja as vagas disponíveis e os critérios de seleção.

Publicado

em

Resultado Final: Contratação de Serviço Voluntário em Porto Velho

A Secretaria Municipal de Administração (Semad) da Prefeitura de Porto Velho anunciou hoje o resultado final da seleção para contratação de serviço voluntário, conforme o Edital N° 01/2024/SEMAD. Este edital ofertou um total de 140 vagas, divididas entre contratação imediata e formação de cadastro de reserva.

Diversas áreas foram contempladas neste processo seletivo, oferecendo oportunidades para profissionais como arquitetos, engenheiros eletricistas e civis, cadistas, pedreiros, encanadores, azulejistas, serviços gerais, técnicos administrativos, técnicos em informática, e serventes de obras, entre outras.

Os selecionados desempenharão suas funções em serviço diário, com carga horária de quatro horas por dia, de segunda a sexta-feira, nos horários das 8h às 12h ou das 14h às 18h, de acordo com a necessidade da Semad. O termo de adesão terá validade de 12 meses, podendo ser renovado por igual período.

Como forma de incentivo, os voluntários receberão uma ajuda de custo diária no valor de R$ 60, destinada a cobrir despesas com alimentação e transporte, conforme estipulado pela Lei Municipal nº 803, de 20 de dezembro de 2019, e pelo Decreto nº 19.088, de junho de 2023.

Os nomes dos candidatos aprovados após a análise documental podem ser consultados no link fornecido, juntamente com eventuais retificações, garantindo total transparência e acesso às informações por parte dos interessados.

Esta iniciativa representa uma valiosa oportunidade para profissionais qualificados contribuírem para o desenvolvimento e aprimoramento dos serviços públicos em Porto Velho, fortalecendo os laços entre a comunidade e a administração municipal.

Polícia Militar do Estado de Rondônia
Últimas notícias policiais relevantes em Rondônia

Da Redação
Folha de Ji-Paraná
Foto: Reprodução/Internet

Continue Lendo
Publicidade
Publicidade

Política

Publicidade

Tendência